Dia 9
Zadar - Split
O dia acordou como nós, bem disposto. O sol já brilhava e adivinhava-se um dia de calor, voltámos à parte antiga de Zadar para um último olhar, escutar do Orgão de Mar e rever toda a zona envolvente. A Ana, a Paula e o Paulo ainda deram o gosto ao "pé" e dar um mergulho junto ao Orgão. Eu tive que ficar a tomar conta das roupas claro !!!
Ainda uma passagem pelas luzes que se alteram conforme o movimento do mar, mas de dia, estão apagadas a carregar energia solar para durante a noite darem o espetáculo que tinhamos visto no dia anterior.

A viagem até Split era de apenas 160 kms por isso tinhamos tempo para ficar mais um pouco em Zadar e voltar a passar pela zona com bastante influência Romana.
E lá arracámos nós para a próxima cidade, Split. Fizemos a viagem seguida sem nenhuma paragem e não tardou estávamos em Split. Tinhamos reservado quartos numa residêncial universitária e que óptimo aspeto tinha, um exemplo a seguir por outros paises.

Deixámos as coisas no hotel e fomos até à zona histórica da cidade, antes ainda parámos num supermercado para comprar qualquer coisa para comer e fomos fazer um picnic para um dos jardins que há em Split.
Após o almoço fomos então visitar a cidade, principalmente a parte histórica. Embora o surgimento de Split costume ser associado à construção do Palácio de Diocleciano, há provas da existência prévia de uma colónia grega na área. Diocleciano, um imperador romano que governou entre 284 e 305, era conhecido por suas reformas e pela perseguição aos cristãos. Por ordem sua, a construção do palácio começou em 293, de modo a estar pronto quando de seu afastamento da vida política do império em 305. O lado sul do palácio fica defronte ao mar, suas muralhas têm uma extensão de 170 a 200 m e uma altura de 15 a 20 m, e o complexo todo ocupa uma área de 9½ acres (38,000 m²).
Esta grande estrutura já estava abandonada quando os primeiros cidadãos de Split fixaram residência na parte de dentro de suas muralhas: em 639, os refugiados da cidade de Salona, destruída pelos ávaros, converteram o interior do palácio num vilarejo. Ao longo dos séculos, aquela comunidade cresceu e ocupou as áreas em torno do antigo palácio, mas este constitui, ainda hoje, o centro da cidade, ainda habitado, com lojas, mercados, praças e a Catedral de São Dômnio (construída reaproveitando a estrutura do antigo Mausoléu de Diocleciano) inseridos nos corredores, pisos e muros do antigo palácio.
Ao longo de sua história, Split foi governada por Roma, pelo Império Bizantino e, intermitentemente, pela nobreza croata e húngara. Em 1420, assumiu o controle a República de Veneza, que o perdeu em 1797 para a Áustria-Hungria. No período de 1806 a 1813, a cidade esteve sob controle napoleônico.
Com o tempo, Split tornou-se um importante porto, com rotas para o interior através do passo de Klis. A cidade experimentou também um desenvolvimento cultural, com nomes como Marko Marulic, um dos clássicos da literatura croata, autor de Judita (1501, publicado em 1521), considerada a primeira obra de literatura moderna em língua croata.
Split no século
Com o término da Primeira Guerra Mundial e a dissolução da Áustria-Hungria, a província da Dalmácia, juntamente com Split, tornou-se parte do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (cujo nome foi mudado em 1929 para Iugoslávia). Quando Rijeka e Zadar, as duas outras grandes cidades na costa oriental do Adriático, passaram às mãos da Itália, Split transformou-se no porto mais importante da Iugoslávia. A ferrovia Lika, que liga a cidade ao restante do país, foi concluída em 1925.
Em abril de 1941, após a invasão da Iugoslávia pelas forças do Eixo, Split foi ocupada pela Itália e formalmente anexada um mês depois. Em setembro de 1943, com a rendição da Itália, a cidade foi liberada pela resistência mas viu-se ocupada pela Wehrmacht em seguida. Durante a ocupação, algumas das instalações portuárias e partes da cidade antiga sofreram dano devido aos bombardeios aliados. A resistência finalmente liberou a cidade em 26 de outubro de 1944. Até o final da guerra, Split foi a capital provisória da Croácia controlada pela resistência.
Após a Segunda Guerra Mundial, Split tornou-se parte da Croácia, a qual era, por sua vez, uma república federada pertencente à Iugoslávia socialista. A cidade continuou a crescer e a desenvolver-se como um centro comercial e cultural importante, atraindo grande número de migrantes rurais para as novas fábricas, estas parte de um esforço de industrialização em larga escala. No período entre 1945 e 1990, a população triplicou e a cidade expandiu-se, tomando toda a península.
Quando a Croácia declarou a sua independência em 1991, Split abrigava uma grande guarnição do Exército Popular Iugoslavo, que guardava as instalações e o quartel-general da Marinha Iugoslava (JRM). Seguiram-se meses de um impasse tenso entre o exército iugoslavo e as forças militares e policiais croatas, com vários incidentes. O mais sério ocorreu em novembro de 1991, quando a JRM, inclusive o contra-torpedeiro Split, bombardeou a cidade - a única ocorrência na história em que uma belonave bombardeou uma cidade com o seu próprio nome. O exército iugoslavo deixou a cidade em 1992.
Split é hoje a segunda maior cidade da Croácia.
O centro histórico que está dentro das muralhas é de uma beleza extraordinária composto pelo Palácio.


A Catedral, consagrada na passagem do século VII, a Catedral de São Dômnio é considerada a mais antiga do mundo a utilizar ainda sua estrutura original, sem sofrer nenhuma reforma completa ao longo dos séculos. A estrutura em si, construída em 305 para ser o mausoléu do imperador romano Diocleciano, é a segunda mais antiga estrutura utilizada ainda hoje por uma catedral cristã, a Cripta e a Torre onde subimos para ver toda a zona antiga.
A Torre


E lá continuámos pelas ruas e ruelas de Split, dava a sensação que tinhamos recuado alguns séculos no tempo, o fascínio de estar ali era enorme, ruas bem estreitas algumas só passava uma pessoa de cada vez e algumas levávam-nos para pracinhas encantadoras algo que se torna difícil de descrever.
Numa dessas ruas entrámos numa casa onde dizem que está o crânio do Pinóquio e nós encontrámos.

A tarde avançava e a temperatura convidava a uma visita à praia. Split tem algumas praias onde se passa um bom bocado tanto dentro de água como numa esplanada à beira mar.

O sol já mergulhava no Adriático e nós fomos até à residêncial tomar um banho e mudar de roupa, pois à noite voltariamos até à zona histórica para jantar e comemorar os meus 21 anos de casado com a Ana. A noite era de festa e jantámos num restaurante em que o empregado era fã do Cristiano Ronaldo e atendeu-nos muitíssimo bem. Há que dizer que os Croatas são pessoas muito simpáticas, temos sido muito bem recebidos.
No dia seguinte iríamos até Dubrovnik mas para tal temos que atravessar a Bósnia em 21 kms para depois voltar a entrar na Croácia. Politiquices ...