Dia 7

Veneza - Pula (Croácia)

O dia acordou chuvoso e nós acordámos com a incerteza de como seria a viagem a partir dali.

Mais uma chamada para a assistência e a resposta foi a mesma, não sabiam de nada ainda. A tristeza caiu sobre os nossos rostos mas era hora de tomarmos a decisão, eu e a Ana seguiríamos a rota da viagem que tinhamos planeado a quatro, o Paulo e a Paula esperariam por notícias da assistência. Hora da despedida, os olhos ficaram húmidos mas a esperança de à noite estarmos juntos ainda não tinha morrido.

E lá parti com a Ana e com a companhia de uma chuvinha chata, persistente e nada agradável, mesmo assim decidimos ir pela estrada nacional para sentirmos mais o norte de Itália. Por vezes dava a sensação que estávamos atravessar o "nosso" ribatejo, muitos terrenos agriculas, muitos rios e ribeiros, de quando em vez passávamos por vilas muitos giras. O transito era muito, a chuva teimava em não nos largar e parecia que a intencidade aumentava, então decidi trocar a beleza da nacional pela segurança do autoestrada. Parámos numa área de serviço para descansar um pouco e ligar para o Paulo para saber como estavam as coisa, se já havia novidades, mas nada, não sabiam de nada ainda. E lá continuámos até Trieste, a chuva parecia querer dar umas tréguas mas os casacos de verão não são a melhor solução para estes dias de chuva, era o que havia para vestir, como estávamos um pouco molhados decidimos não parar e ver a cidade em andamento para ver se secávamos mais depressa. Trieste é uma cidade do nordeste da Itália, no mar Adriático e foi uma importante cidade do Império Austro-Húngaro, do qual era o principal porto. Em tempos antigos (século II a.C.), Trieste tornou-se colônia romana com o nome de Tergeste. Essa prosperou sob o domínio romano e, depois da queda do Império Romano do Ocidente, ficou sob o controle do Império Bizantino até 788 d.C., quando passou ao controle dos francos. No século XII, Trieste tornou-se uma cidade livre e depois de séculos de batalhas contra a rival Veneza, pôs-se voluntariamente em 1382 sob a proteção do duque de Áustria, passando a pertencer ao Império Austríaco, ao qual permaneceu até 1918. Dentro da monarquia austríaca, Trieste ganhou grande importância enquanto cidade portuária, conservando autonomia administrativa até o século XVII. E lá seguimos até Belpoggio, local onde iriamos atravessar a fronteira para a Eslovénia. Nesta fronteira aconteceu um episódio engraçado, se a Eslovénia pertence à União Europeia basta mostrar o nosso Cartão de Cidadão, pensava eu, quando cheguei junto ao guarda fronteiriço, mostrei o meu cartão e o da Ana e ele pediu-me o passaporte e eu digo-lhe que estava na top case, ele não foi de modas, mandou-me encostar mais à frente e mostra-lhe os passaportes. Não percebo nada disto disse eu para a Ana, ela disse "mostra lá os passaportes e vamos embora".

Quando cheguei perto do guarda, e lhe vou a passar os passaportes, disse "ahhhh Portugal, ok Welcome to slovenia", só comigo, nem os abriu. E lá entrámos nós na Eslovénia, era o quarto país que estávamos a entrar desde que saímos de Portugal.

Assim que entrámos na Eslovénia a ideia era parar numa área de serviço para comprar a vinheta para se poder andar por todas as estradas da Eslovénia, como na Suiça, embora na Suiça só há vinheta anual, na Eslovénia há para sete dias, um mês, seis meses e um ano. E lá parámos para fazer a dita compra, aproveitámos que já havia um pouco de sol e comprámos duas latas de cerveja e um pacote de amendoins para petiscar e refrescar a garganta. Quando estávamos para colocar os capacetes liga-me o Paulo a dizer que estava a sair do aeroporto de Veneza num carro que a assintência lhe deu para seguir viagem. A alegria de nos voltarmos a encontrar voltava mas a brincadeira de dizer "oh pá e eu a pensar que me tinha visto livre de vocês e ia fazer a viagem sozinho com a Ana" Ahahahahahahah.

Então encontro marcado para Pula, ficou combinado assim que chegassem diziam. Eu e a Ana lá colocámos os capacetes e fizemos os 24 kms que separam a fronteira de Itália com a Eslovénia da fronteira que separa a Eslovénia com a Croácia. E foi um instantinho e já estávamos atravessar a fronteira e a entrar na Croácia, num dia já estávamos no terceiro pais, e bastou olharem para o Cartão de Cidadão para entrarmos nas calmas no pais onde iríamos estar mais tempo nesta viagem.

Até parecia que os kms passavam mais depressa, em menos de nada estávamos a entrar em Pula, cidade onde iríamos ficar para o dia seguinte. Assim que entrámos na cidade seguimos logo para o centro histórico, o movimento era muito mas como estávamos de mota foi fácil estacionar. Primeira coisa a fazer levantar Kunas, a Croácia pertence à União Europeia mas ainda não aderiu ao Euro.


Já com Kunas no bolso fomos visitar a Arena de Pula, simbolo da cidade. Foi construída no primeiro século entre os anos de 2 a.C. e 14 d.C., durante o reinado do imperador Augustus , e foi reconstruída e ampliado pelo imperador Vespasiano. Muitas lutas de gladiadores ocorreu dentro desta arena, durante os tempos do Império Romano. Na Idade Média , foi usado para várias batalhas e suas pedras foram parcialmente reutilizado em outros edifícios na cidade de Pula , incluindo o castelo, no século XV .

Passeámos por toda zona antiga da cidade onde faz lembrar um pouco a nossa Nazaré com muitos restaurantes e onde o peixe e o marisco é a iguaria preferida.

E o Paulo já estava a chegar, a grande aventura para ele agora era estacionar e saber exatamente onde estávamos, pois ninguém conhecia nada, mas com a ajuda das novas tecnologias conseguimos finalmente estarmos juntos de novo e continuar a aventura a quatro.


A noite tinha chegado e era hora de jantar, fomos até à zona histórica da cidade com as suas casas antigas, uma calçada muito inregular mas estávamos juntos e entrámos numa esplanada que fazia lembrar as festas no interior de Portugal ao ar livre. Claro está que a ementa teria que ter peixinho grelhado e marisco não estivessemos nós numa zona piscatória e de bom peixe, para acompanhar uma bela caneca de cerveja Croáta que me impressionou pela positiva.


Neste restaurante a simpatia dos empregados de mesa era algo de extraordinário, a Paula pediu um sumo de laranja fresco, quando foi a beber o sumo não estava bem fresco e chamou o empregado que nos estava a servir e disse-lhe "olhe desculpe o sumo está natural e eu pedi fresco" ele franziu a testa e disse - " não está fresco ? hummm " agarrou no copo e bebeu o sumo todo de uma vez depois exclamou - " sim senhor tem toda a razão, o sumo não está fresco" e rapidamente mandou um colega trazer um sumo de laranja bem fresco para a Paula.

Depois do jantar demos uma volta pelas ruelas antigas, observámos e assistimos alguns espetáculos de artistas de rua que dão espetáculo pelas pequenas praças da zona histórica, e como não podia deixar de ser as meninas deliciaram-se numa loja de gomas e guloseimas.

São barris mas não têm licor lá dentro, apenas coisas doces em cima.

Numa das praças podémos ainda ver o Templo do Divino Augusto, este foi um grande templo originalmente construído para celebrar o primeiro imperador romano deificado, Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C.). Foi construído entre as Colinas do Palatino e Capitolino, atrás da Basílica Júlia, no sítio da casa que Augusto habitou antes de entrar na vida pública em meados do século I a.C. Sabe-se por meio das moedas romanas que o templo originalmente foi construído em um estilo jônico hexastilo. Contudo, o seu tamanho, proporções físicas e local exato são desconhecidos. Os templos provinciais de Augusto, tal como o Templo de Augusto em Pula, atualmente na Croácia, já tinha sido construído durante sua vida. Provavelmente devido a resistência popular à noção, ele não foi oficialmente deificado em Roma até depois de sua morte, quando o Templo de Nola, na Campânia, onde morreu, parece ter sido iniciado; ele seria dedicado por Tibério (r. 14-37) em 26.[7] Subsequentemente, templos foram dedicados ao imperador por todas as partes do Império Romano. A construção do templo ocorreu durante o século I, tendo sido prometido pelo senado romano logo após a morte do imperador em 14. Fontes antigas discordam se foi construído por Tibério, o sucessor de Augusto, e Lívia Drusila, a viúva do imperador, ou por Tibério apenas. Não foi até a morte de Tibério em 37 que o templo foi finalmente completado e dedicado por seu sucessor Calígula (r. 37-41).[9] Alguns estudiosos sugerem que os atrasos na conclusão do templo indicam que o imperador tinha pouco apresso pelas honras de seu antecessor. Outros argumentam o caso oposto, apontando a evidências de que ele fez sua última jornada de sua villa em Capri com a intenção de entrar em Roma e dedicar o templo. Contudo, o imperador morreu em Miseno, na baía de Nápoles, antes que pudesse zarpar para a capital. Ittai Gradel sugere que a longa fase de construção do templo foi um sinal do esforço meticuloso que envolveu sua construção.


Numa das praças podémos ainda ver o Templo do Divino Augusto, este foi um grande templo originalmente construído para celebrar o primeiro imperador romano deificado, Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C.). Foi construído entre as Colinas do Palatino e Capitolino, atrás da Basílica Júlia, no sítio da casa que Augusto habitou antes de entrar na vida pública em meados do século I a.C. Sabe-se por meio das moedas romanas que o templo originalmente foi construído em um estilo jônico hexastilo. Contudo, o seu tamanho, proporções físicas e local exato são desconhecidos. Os templos provinciais de Augusto, tal como o Templo de Augusto em Pula, atualmente na Croácia, já tinha sido construído durante sua vida. Provavelmente devido a resistência popular à noção, ele não foi oficialmente deificado em Roma até depois de sua morte, quando o Templo de Nola, na Campânia, onde morreu, parece ter sido iniciado; ele seria dedicado por Tibério (r. 14-37) em 26.[7] Subsequentemente, templos foram dedicados ao imperador por todas as partes do Império Romano. A construção do templo ocorreu durante o século I, tendo sido prometido pelo senado romano logo após a morte do imperador em 14. Fontes antigas discordam se foi construído por Tibério, o sucessor de Augusto, e Lívia Drusila, a viúva do imperador, ou por Tibério apenas. Não foi até a morte de Tibério em 37 que o templo foi finalmente completado e dedicado por seu sucessor Calígula (r. 37-41).[9] Alguns estudiosos sugerem que os atrasos na conclusão do templo indicam que o imperador tinha pouco apresso pelas honras de seu antecessor. Outros argumentam o caso oposto, apontando a evidências de que ele fez sua última jornada de sua villa em Capri com a intenção de entrar em Roma e dedicar o templo. Contudo, o imperador morreu em Miseno, na baía de Nápoles, antes que pudesse zarpar para a capital. Ittai Gradel sugere que a longa fase de construção do templo foi um sinal do esforço meticuloso que envolveu sua construção.


A noite já ia longa e o dia foi cansativo, muita emoção e incerteza mas no final tudo tinha acabado bem. O dia de seguinte será até Zadar, cidade do orgão de mar, tinhamos cerca de 330 kms pela frente, 200 dos quais à beira do Adriático numa das mais belas estradas do mundo, em que em cada curva o cenário é sempre diferente e o Adriático consegue-nos sempre surpreender pelas suas cores e praias ali aos nossos pés ...

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