Dia 6

Veneza - Aeroporto - Veneza

Acordámos com a esperança de recebermos uma chamada da Honda de Verona a
dizer que a mota do Paulo estava pronta, e a chamada chegou.  A notícia
que não queríamos ouvir foi a que ouvimos, a mota do Paulo tinha acabado a sua aventura em Verona. O Paulo conseguiu manter a calma e disse : " Vamos visitar o que ainda temos que visitar e pode ser que surja uma hipótese de continuarmos a viagem." O pensamento que uma viagem a quatro, passaria a ser uma viagem a dois começou a pairar no ar e eles teriam que regressar a Lisboa. Fizemos o chek-out no hotel e fomos ver o monumento que nos faltava, a basílica de São Marcos. A Basílica de São Marcos é a mais famosa das igrejas de Veneza, e um dos melhores exemplos da arquitetura bizantina. A primeira igreja construída no local foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual basílica. Esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976, reconstruída em 978 e, mais uma vez, em 1063, no que viria a ser a base do atual edifício.

A igreja apresenta uma planta em cruz grega, baseada nos exemplos de Basílica de Santa Sofia e da Basílica dos Apóstolos, ambas em Constantinopla. Possui um coro elevado acima de uma cripta. A planta do interior consiste em três naves longitudinais e três transversais. Um baldaquino em cobre no altar principal, com colunas decoradas com relevos do século XI. O retábulo é a famosa Pala d´Oro - um trabalho em metal bizantino de 1105. Atrás do altar principal há um segundo altar com colunas de alabastro. Os cercados do coro, acima dos quais há três relevos de Sansovino, apresentam obra de marchetaria de Fra Sebastiano Schiavone. Os dois púlpitos de mármore da nave são decorados com estatuetas dos irmãos Massegne (1394). A basílica foi consagrada em 1094, no mesmo ano em que o corpo de São Marcos foi supostamente reencontrado num pilar pelo Doge Vitale Falier. A cripta passou então a abrigar as relíquias até 1811. O edifício também possui uma torre baixa, que alguns pensam ter integrado o Palácio dos Doges original.

Eu e a Ana na varanda da Basílica de São Marcos

Embora a estrutura básica do edifício tenha sido pouco alterada, sua decoração mudou muito ao longo do tempo. Foi adornado ao longo do tempo, especialmente no século XIV, e era raro um navio veneziano voltar do oriente sem trazer uma coluna, capitéis ou frisos retirados de algum edifício antigo e destinados à igreja. Aos poucos, a alvenaria exterior de tijolos foi recoberta com mármores e outros elementos, alguns mais antigos que o próprio prédio. Uma nova fachada foi erguida e os domos foram cobertos com estruturas mais altas em madeira, de modo a tornar o conjunto mais harmônico com o novo estilo gótico do Palácio dos Doges. Por dentro, as paredes foram recobertas com mosaicos, numa mistura dos estilos bizantino e gótico. O chão, do século XII, é uma mistura de mosaico e mármore em padrões geométricos e desenhos de animais. Os mosaicos contêm ouro, bronze e uma grande variedade de pedras. Os Cavalos de São Marcos foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São obra da Antiguidade Clássica; alguns creem que antes adornaram o Arco de Trajano. Foram enviados para Veneza em 1204 pelo Doge Enrico Dandolo, como parte do saque de Constantinopla na Quarta Cruzada. Foram retirados por Napoleão em 1797, mas devolvidos à basílica em 1815, onde permaneceram até os anos 1990. Encontram-se atualmente numa sala de exposições, havendo sido substituídos por réplicas em fibra de vidro

Acabada a visita à Basílica de São marcos, era hora de nos fazermos à vida, pois o que estava programado era arrancarmos de Veneza e seguirmos para Pula, já na Croácia, mas ainda não tinhamos solução de como o Paulo e a Paula iriam continuar a viagem. A companhia de seguros assegurava a viagem de avião até Lisboa, isso implicava o fim da viagem para eles. Colocámos a hipótese de a seguradora alugar um carro para eles até dia 21 de agosto, dia em que a Ana e a Paula tinham o voo marcado para o regresso a Lisboa, e o Paulo faria o resto da viagem comigo de mota, resta dizer que o aluguer do carro ficava em metade do valor das passagens dos dois para Lisboa, até estávamos a ser amiguinhos da companhia de seguros. O Paulo apresentou esta solução, disseram-lhe que era uma hipótese, mas, teriam que falar com a euro assitence que era quem estava agora com a responsabilidade, visto que eles não estava em território português, e caso fosse aceite a proposta o carro teria que ser levantado no aeroporto de Veneza. Se é no aeroporto que está a solução, vamos para o aeroporto. Eu e a Ana fomos buscar a mota o Paulo e a Paula foram de autocarro. O problema agora, estava do meu lado, como é que iria tirar uma mota que pesa 300 kg mais o peso da bagagem do meio de dezenas para não dizer centenas de scooter´s que estavam no parque onde deixei a minha Azulinha. Aquele parque parecia uma lata de sardinhas todas apertadinhas e encostadas umas às outras.

Com alguma calma e muito cuidado, lá a consegui tirar e seguir até ao aeroporto. Chegámos ao aeroporto primeiro que a reserva do carro, então fomos almoçar, podia ser que entretanto houvesse luz verde para se levantar o carro e ... Croácia aí vamos nós.

E finalmente veio a notícia que esperávamos, estava um carro para o Paulo numa rent car do aeroporto. O pior ainda estava para vir, cartão de crédito ?? Opssss o Paulo não tinha e não aceitaram o meu, pois a reserva estava em nome dele. Voltámos à estaca zero, mais telefonemas e mais telefonemas e nós esperávamos no corredor do aeroporto onde estão todas as empresas de rent car que operam no referido aeroporto. Pareciamos o Tom Hanks no filme "O Terminal" onde ele não tem autorização para entrar nos Estados Unidos porque durante a viagem de avião o país dele acabou e tem que permanecer dentro do aeroporto, assim parecíamos nós, já todos os funcionários nos falavam inclusivé os seguranças.

E estivemmos ali das 14 até às 24 horas, hora em que as rent car fecham e a euro assistence ainda não tinha arranjado solução para o nosso caso. Vai de arranjar hotel ali perto, na esperança, que durante a noite o problema era desbloqueado e que finalmente no dia seguinte pela manhã arrancariamos em direcção à Croácia. Na última reunião de grupo na recepção do hotel, a beber umas cervejas fresquinhas e a comer uns amendoins, nem tinhamos jantado, decidiu-se que caso não houvesse uma resposta da euro assistence, eu e a Ana na manhã seguinte continuaríamos a viagem, o Paulo e a Paula esperariam ou pelo carro ou pela passagem de avião até Lisboa.

Assim amanhã, eu e Ana vamos iniciar a viagem até Pula na Croácia, o Paulo e Paula ou vão ter connosco ou vão de avião até Lisboa mas a esperança de continuarmos todos juntos ainda não morreu...

 

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