Dia 15

*Devido a uma falha no site, houve fotografias que desapareceram, estou a tentar aos poucos colocá-las novamente. Peço desculpa ...

Zagreb - Liubliana - Adergas

Era o dia da despedida da Croácia, o país onde estivemos mais dias nesta viagem.
Saída cedo como de costume, Zagreb já ficara para trás e a fronteira com a Eslovénia era já ali. Algum controle à passagem da fronteira mas um passaporte português ainda vale qualquer coisa no estrangeiro. Ahahahah 


Seguimos diretos para Ljubljana, capital da Eslovénia. Incrustada no meio de uma cadeia de belas montanhas, a capital da Eslovénia parece ter saído de um conto de fadas. Com prédios históricos perfeitamente preservados e lindas ruas decoradas com flores, Liubliana fascina a cada passo. Por vezes parece que estamos numa pequena cidade da Suíça. Com uma população de apenas 250.000 pessoas, Liubliana detém aquele charme que é exclusivo de pequenas cidades. Cercada de belas montanhas e muito verde, a capital eslovena consegue juntar o que há de mais belo na natureza com uma arquitetura simples e colorida, oferecendo ao mesmo tempo a sofisticação e a segurança de uma capital europeia. 

Assim que chegámos, parámos numa praça em que havia um mercado em que a fruta estava tão bem arrumada que parecia uma exposição de cores e cheiros.

Liubliana tem um grande número de museus e teatros, maior até mesmo que a média europeia. O ponto central da cidade é a área ao redor da praça Preseren, onde se pode ver a bela Igreja Fransciscana e vários outros prédios, além da Tromostovje, Ponte Tripla, feita com as pedras de uma ponte antiga da cidade, do ano de 1842. A Ponte Tripla é ainda mais bela à noite e oferece aos visitantes uma ótima porta de entrada para a Cidade Velha. 

Ao olhar para cima, de qualquer ponto, não há como não perceber a enorme estrutura que fica no topo da colina no centro de Liubliana, o castelo. O lugar onde hoje se encontra o castelo é ocupado desde o tempo em que os romanos passaram pela cidade, e acredita-se que a estrutura exista desde o século IX. Do castelo tem se uma vista de toda a cidade, é impressionante o estado de conservação em que está.  

Atenção, não estávamos todos ao telefone mas sim a ouvir as explicações do audio guia. 

Dentro do castelo há uma escada em caracol engraçada e que nunca tinha visto nenhuma igual, quem sobe nunca se encontra com quem está a descer, ela está desenhada de uma maneira que parece ser só uma escada mas na realidade são duas. Muito curioso. 

Descemos novamente ao centro da cidade e fomos visitar a Catedral dedicada a São Nicolau, inicialmente o seu estilo era gótico mas posteriormente durante o século XVIII foi transformado em estilo barroco. É um marco reconhecível da cidade, com sua cúpula verde e torres gêmeas, o local foi originalmente ocupado por uma igreja românica de três naves, a primeira menção desta data de 1262 . Um grande incêndio em 1361 provocou reformas no estilo gótico e sofreu algumas alterações, quando a diocese de Ljubljana foi estabelecida em 1461 e a igreja se tornou uma catedral.  No seu interior as pinturas são de uma grande beleza, havendo algumas que parecem em 3D.

O símbolo de Liubliana é um Dragão, existe uma lenda acerca desse animal que é a seguinte: Em Liubliana, no tempo dos dragões, vivia um dragão macho. Era um dragão grande e muito forte. Voava com tanta velocidade que todos dragões fêmeas o admiravam. Às vezes, subia ao ponto mais alto do castelo. Escondia-se por trás duma torre e lançava fogo sobre a cidade. As pessoas refugiavam-se nas casas e só os mais corajosos ficavam nas ruas. O dragão adorava comer pessoas, mas como não era um animal muito mau, não gostava de prejudicá-las de mais e comia-as só duas vezes por semana em pequenas quantidades. Depois da refeição, gostava muito de meditar ao pé duma tília centenária num monte que se chama Roznik e que actualmente fica na cidade de Liubliana. Antigamente, ficava fora da cidade e era a zona preferida dos dragões.Um dia quando o dragão meditava no seu lugar preferido, apareceram ao pé dele dois dragões fêmeas e começaram a conversar com ele amavelmente. O dragão ficou fascinado com as duas, mas como os dragões costumam ter só uma namorada, decidiu que ia ficar com a mais amável. A mais amável não era a mais bonita, mas tinha um charme que o cativou totalmente. Ficou tão apaixonado que já não olhava para mais nenhuma outra. Dessa paixão, nasceu um pequeno dragão que se parecia com um lagarto. O pai ficou triste porque não tinha imaginado que ia ser pai de um dragão tão fraco que nem parecia um dragão. A fêmea deixou de lhe dar atenção e dedicou-se totalmente ao filho. O dragão ficou tão triste que se escondeu na sua gruta e chorou dias e noites. Chorou tanto que fez subir as águas do rio Liublianica.O pequeno dragão crescia e quando tinha mais ou menos 150 anos, que correspondem a cerca de 15 anos na idade humana, o pai dragão quis mostrar-lhe como é que se comportam os verdadeiros dragões. O pequeno dragão não era nada parecido com eles. Gostava muito das pessoas, de poesia e adorava estar sentado numa ponte do rio Liublianica e observar os namorados à noite. Para ele, a coisa mais importante da vida era criar e amar. O dragão pai não gostou nada do comportamento do filho. Um dia mostrou-lhe como se fazia um fogo assustador que punha de joelhos todas as pessoas. O filho disse ao pai: «Isso não é nada. Olha para mim!» O pequeno dragão subiu ao céu por cima das cabeças das pessoas assustadas fez piruetas mais espectaculares do que todas as que as pessoas já tinham visto e ao mesmo tempo cantou uma canção que tinha composto na véspera sobre o rio Liublianica e os seus namorados. Todas as pessoas ficaram estupefactas. Nunca tinham visto um dragão artista. Após o espectáculo o dragão foi descansar sobre a ponte do costume. Os seres mágicos que naquela altura viviam no rio gostavam muito dele. Enfeitiçaram-no para ele adormecer, estar sempre ao pé deles e ter uma vida mais longa. Quando as pessoas viram que o dragão ia ficar na ponte, disseram ao escultor mais famoso da cidade que fizesse mais três estátuas com dragões iguais ao dragãozinho artista. Em sua honra, a ponte passou a chamar-se Ponte de Dragão.

                 O dragão está a dormir profundamente e a sonhar, mas um dia vai acordar e fazer companhia às pessoas de Liubliana.

Visto todas estas relíquias da cidade era hora de uma fresquinha, sentamos-nos numa esplanada depois de passarmos por um espectáculo de rua e mandámos vir duas cervejas, acompanhar trazia uma malga enorme com amendoins, era tão grande que tivemos que pedir mais duas cervejas para acabarmos aqueles maravilhosos amendois.

  Estava a chegar a hora de ir até à mota e arrancarmos para Adergas que fica a norte da capital, o céu estava a ficar negro, os trovões ouviam-se ao longe mas cada vez que se ouvia um, parecia estar cada vez mais perto de nós. 

Vamos embora que vem lá chuva e da grossa, não andámos 5 minutos e uma chuva que era um autentico dilúvio caiu sobre nós, o casaco de verão vestido, calças de passear e ténis, equipamento perfeito para dias de chuva, ficou tudo encharcado num instante. A Ana só se ria e dizia, " que fixe ". Para quem não gosta muito de andar de mota ... agora já sei, sempre que estiver a chover ela quer é andar de mota. Conseguimos chegar ao hotel sempre acompanhados por aquele mar a cair sobre nós, era um hotel de montanha com uma arquitectura muito típica da zona, chegámos encharcados até aos ossos mas com uma enorme satisfação, as pessoas que estavam à porta olhavam para nós com cara de caso " de onde apareceram estes doidos ? " perguntavam para eles próprios.

 A senhora da recepção quando nos viu entrar também ficou meia aterrorizada com tais figuras que pareciam que tinham acabado de sair de um mergulho no mar. Muito rapidamente deu-nos a chaves do quarto, nem chek-in fizemos, disse para subirmos pois estávamos a molhar o hall de entrada do hotel, aos nossos pés já se começava a formar umas poças de água ahahahahaha. Era hora de descansar pois amanhã seguiremos até Bled e Postojna.

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