Dia 10

Split - Dubrovnik

E lá deixámos Split para trás e seguimos em direção a Dubrovnik, 230 kms era a distância que nos separava da cidade que tinhamos mais expetativa em visitar, o dia estava bom, uma temperatura agradável para se viajar de mota e mais uma vez os últimos 100 kms, aproximadamente, seriam feitos junto ao Adriático, com paisagens de cortar a respiração e o azul quase transparente do mar a nos deixar de boca aberta, fizemos algumas paragens para tirar uma ou outra fotografia, o momento e a paisagem e tudo que nos rodeava era digno de ficar registado.

Para se chegar à região de Dubrovnik, estando nós no ponto que estivermos da Croácia temos que atravessar a Bósnia e Herzegovina durante 21 kms, esta distância é o comprimento da linha de costa que a Bósnia tem, um pouco de terra que corta a Croácia e separa a região da Dalmacia das restantes regiões, ficando ali isolada entre a Bósnia e Monte Negro.

E lá atravessámos a fronteira duas vezes, num espaço de 15 minutos ahahahahaha

Continuámos em direção a Dubrovnik, durante a viagem a Ana reservou um quarto para os quatro e segundo as indicações ficava dentro da muralha. Tomámos logo a direção do quarto para ficarmos com a tarde toda livre e para almoçarmos que entretanto tinha chegado a hora de almoço. Dentro da muralha não é permitido circularem veículos, só nos restava arranjar um lugar para o carro do Paulo, pois eu já tinha encontrado um lugar para a mota junto à entrada principal e à sombra. Enquanto andávamos às voltas para estacionar o carro, a Ana foi ver onde era o quarto e quando nos encontrámos só dizia -"isto é só escadas mas muito giro !" Lá se conseguiu um lugar a pagar, e bem, e fomos levar as coisas ao quarto, e finalmente entrámos todos na grande muralha. Dubrovnik, é uma cidade costeira da Croácia localizada no extremo sul da Dalmácia, na ponta do istmo do mesmo nome. É um dos destinos turísticos mais concorridos do mar Adriático, um porto marítimo e a cidade mais importante do condado de
Dubrovnik-Neretva. Em 2001 a população do município era de 43 770 habitantes,
dos quais 30 436 na cidade, a maior parte deles de origem croata (88,39%),
havendo ainda 3.26% de origem sérvia e 3.17% de bósnios.
Pela sua beleza natural e urbanística, e pelo que representa para a história,
Dubrovnik é conhecida como "a pérola do Adriático" e a "Atenas
eslava", devido aos seus antigos habitantes a distinguirem como única numa
região onde imperava a barbárie e por nela terem proliferado grandes figuras
das humanidades e das artes. Capital do condado de Dubrovnik-Neretva, Dubrovnik
é uma cidade rodeada de muralhas e fortificações, no sopé do monte de São
Sérgio, que cai a pique sobre as águas do Mediterrâneo. Desde 1979 que o
recinto muralhado está classificado como Património Mundial pela UNESCO. As
imponentes e bem conservadas muralhas, a arquitetura medieval, renascentista e
barroca, a paisagem do Adriático, os cafés e restaurantes fazem de Dubrovnik um
destino turístico único. A parte antiga é dividida ao meio pela Placa ou
Stradun, o passeio público, com cafés e restaurantes, além de diversos
monumentos e edifícios históricos.
A prosperidade da cidade sempre foi baseada no comércio marítimo. Na Idade
Média foi a capital da República de Ragusa, a única cidade-estado no Adriático
oriental a rivalizar com Veneza, atingindo o seu apogeu nos séculos XV e XVI.
Em 1991 foi cercada por e bombardeada por forças militares da Sérvia e
Montenegro na sequência da fragmentação da Jugoslávia, o que provocou grandes
estragos.
Mal chegados reparámos logo que estávamos diante de um tesouro, Dubrovnik é
apaixonante, as suas ruas parecem labirintos medievais e aqui e ali ainda se
consegue ver danos provocados pelo cerco e pelos bombardeamentos que Dubrovnik
foi alvo durante a guerra.


Ficámos num quarto / apartamento dentro da muralha, um prédio antigo de uma
senhora muito simpática. A rua era estreita os degraus eram muitos e o prédio
antigo, a entrada, algo desarrumada mas subimos ao terceiro piso e lá estavam
os nossos quartos com uma casa de banho que para se tomar banho ficávamos entre
a sanita e o pequeno lavatório e o ralo no meio da casa de banho ahahahaha.
Tudo algo irreal mas até bastante divertido.

A vista do nosso quarto e a "nossa" rua:

Material todo descarregado era hora de comermos qualquer coisa, fomos à descoberta. Conseguimos chegar a um dos pontos mais altos e onde se tem uma vista total sobre a cidade de Dubrovnik, o ponto onde o teleférico chega desde a entrada da muralha até ao alto de um monte bem sobre a cidade e o Adrático, aproveitámos a bela imagem de tudo que estava à nossa volta e ficámos mesmo ali a almoçar num restaurante com uma vista do outro mundo. 

E ali passámos uns bons momentos e a tarde voou e era hora de começarmos a descer até à cidade e explorar um pouco mais do seu interior e o tudo o que roeia Dubrovnik. A Ana e a Paula fizeram a viagem de regresso no teleférico eu e o Paulo fomos de carro e com a missão quase impossível de encontrar um lugar para o carro. Muitas voltas demos à zona próxima da muralha e lá conseguimos um lugar para se estacionar o carro,  num local não muito longe e sem tarifa a pagar.

Todos juntos de novo fomos ver como eram as praias junto a Dubrovnik, pouco diferentes das nossas pois areia não existe, só rochas mas aquele mar faz-nos esquecer a falta de areia e convida a mergulhar por ele a dentro.

E lá voltámos para dentro da muralha e fomos visitar a Igreja de São Brás, (em croata: Sveti Vlaho), é igreja mais visitada da cidade em honra do padroeiro de Dubrovnik, a obra é do arquiteto veneziano M. Gropeli, erigida no século XVIII no estilo barroco. A cidade comemora o dia de São Brás em 3 de fevereiro quando o povo abençoa a garganta na igreja do santo na praça principal.

Em frente à igreja de São Brás está o Palácio Sponiza, o melhor exemplo da arquitetura renascentista da cidade, este palácio é um dos mais belos e mais bem preservados da cidade. Construído entre 1516 e 1522 em estilo gótico e renascentista, pensa-se que será muito representativo da maioria dos palácios públicos e privados de Dubrovnik existentes antes do terramoto de 1667. Localiza-se num dos extremos da Placa, a artéria principal da cidade antiga. O seu nome deriva de spongia (em latim: alluvium) (local onde eram recolhidas as águas da chuva, que seria o uso anterior do local onde o palácio foi construído. No tempo da república nele funcionavam a alfândega, os armazéns desta e outros serviços públicos, pelo que também era conhecido como Divona (de dogana, alfândega). Nele funcionou um banco, casa da moeda, sede das finanças públicas e arsenal de armamento. Atualmente aloja a instituição cultural mais importante da cidade, os arquivos nacionais.

Eu e a Ana tinhamos planeado percorrer a muralha ao anoitecer para de lá vermos o Pôr do Sol mas a muralha fechava às 19 horas, teria que ficar para a manhã seginte.

Era hora de pensarmos no jantar e depois de tanto andarmos pelas ruas e ruelas da cidade à noite optámos por um restaurante tipico Italiano, onde escolhiamos o tipo de massa que queriamos e os ingredientes e ficámos na esplanada a saborear o nosso manjar e a sentir o calor da noite em Dubrovnik.


Encosta tua cabecinha no meu ombro ...

A noite em Dubrovnik é movimentada como se fosse dia, o ambiente é
fantástico e estamos sempre a descobrir algo de novo e fascinante desde as
fotos de um edifício bombardeado e agora nós a vê-lo reconstruido, a uma igreja
Ortodoxa a uma pequena capela com um vaso por cima da porta e de lá sai uma
árvore já com um porte respeitável.
Dubrovnik a cidade que ainda há poucos anos estava a ser bombardeada, renasce
das cinzas e o seu povo mostra de que fibra é feito.

Amanhã eu e a Ana temos que nos levantar cedo para estarmos às 8 da manhã na entrada que dá acesso ao topo da muralha para se poder percorrer, toda a muralha, à volta da cidade depois iremos fazer um cruzeiro por 3 ilhas, aí já na companhia do Paulo e da Paula.


Dubrovnik, não me irei esquecer desta cidade.

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